"Vai levar algum tempo até que as escolas assimilem o computador às suas rotinas de sala de aula. Levou séculos para que o livro se tornasse tão popular a ponto de toda escola ter sua biblioteca e de um clássico ser vendido em banca de jornal por cerca de dois reais, tornando o acesso à informação impressa virtualmente universal. Vai levar muito menos tempo para o computador se tornar um eletrodoméstico tão ubíqüito quanto o rádio ou o televisor e para a informação multimídia estar "na ponta de nossos dedos", como há anos vem preconizando Bill Gates -- CD-ROMs, que custavam centenas de dólares há três ou quatro anos, hoje já são distribuídos gratuitamente, como brindes, em bancas de jornais. O problema é que o rádio e o televisor, embora onipresentes, foram mantidos em grande parte fora da sala de aula. Não podemos permitir que o mesmo se dê com o computador. O preço será a obsoletização da escola, como instituição pedagógica, e sua eventual transmutação em instituição de mera guarda de menores. Se isso se der, a expressão "Microsoft University" deixará de ser mera metáfora.
Mas o caminho do computador para a sala de aula passa pela familiarização do professor com ele (os alunos, nessa questão, o mais das vezes tomam conta de si mesmos). Para o professor se familiarizar com o computador ele precisa usá-lo nas mais variadas atividades, mesmo que elas não sejam de especial significado pedagógico nem voltadas para a sala de aula. Quando os professores tiverem com o computador a intimidade que hoje têm com o livro, descobrirão ou inventarão maneiras de inseri-lo em suas rotinas de sala de aula, encontrarão formas de criar, em torno do computador, ambientes ricos em possibilidades de aprendizagem que propiciarão aos alunos uma educação que os motivará tanto quanto hoje o fazem os jogos computadorizados, os desenhos animados, os filmes de ação, e a música estridente do rock".
Eduardo O C Chavesl - disponível em "http://edutec.net/Textos/Self/Edtech/zoom.htm"
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